1974. Cidade de Wichita. Interior do estado do Kansas. EUA. Dennis Rader, um aparente tranquilo e pacato funcionário público municipal e chefe escoteiro, iniciava uma carreira assustadora de assassinatos em série, marcados por uma frieza e sadismo impressionantes. Autointitulado BTK (Bind-Torture-Kill) que quer dizer “Amarrar-Torturar-Matar”, o assassino ridicularizou as autoridades policiais com pistas e cartas endereçadas à mídia, além de reivindicar autorias de crimes, dizendo como eram seus crimes e como os fazia, descrevendo-os friamente criando uma atmosfera de terror e medo na pequena Wichita. BTK matou pelo menos 10 pessoas. Frio, calculista e dono de uma mente doentia, fazia de seus crimes, verdadeiras alegorias de crueldade e loucura, como por exemplo, amarrar bonecas nos corpos das vítimas.
Depois de 1991 ele ficou em “hiatos”, não se sabe o porque de Dennis Rader ter parado de matar a partir desta data. Ele começou a trabalhar como “Homem da Carrocinha” e usava armas com tranquilizantes para pegar os cachorros das ruas, inclusive se envolvendo em alguns problemas com donos de alguns cachorros que sumiram de certas residências e afirmaram que Rader sacrificava animais sem motivo algum.
Rader foi preso em 26 de fevereiro de 2005, pelo Chefe de Polícia de Wichita, Norman Willians, quando friamente e sem demonstrar arrependimento, assumiu ser o temido assassino BTK, assim sendo acusado de oito homicídios em 1º grau e outros dois homicídios relacionados ao BTK.
Vítimas:
Joseph Otero, 38 anos:
Joseph foi estrangulado por Rader no dia 15 de janeiro de 1974, juntamente com sua esposa Julie e dois de seus cinco filhos. Eles eram os únicos que estavam na casa no momento em que Rader a invadiu com uma arma, os outros estavam na escola. Rader mandou todos irem para um quarto onde ele os amarraram. A ideia era matar Joseph primeiro, amarrando um saco na sua cabeça. Joseph fez buracos no saco, mas Rader conseguiu estrangulá-lo, com uma meia-calça.
Julie Otero, 34 anos:
Julie foi a segunda vítima a morrer. Rader afirmou que ficou surpreso pelo esforço e tempo que teve para cumprir o estrangulamento. Sua primeira tentativa de estrangulamento não funcionou, pois Julie reviveu instantes depois. A segunda tentativa foi bem sucedida. Ela pediu para que ele não matasse os filhos e lhe disse: “Que Deus tenha piedade de sua alma.”
Joseph Otero, Jr, 9 anos:
Rader o estrangulou e o sufocou em seu quarto.
Josephine Otero, 11 anos:
Rader tentou estrangulá-la primeiro, em seguida, a levou para o porão da casa depois que ela reviveu. Lá, ele amarrou uma corda em volta de seu pescoço e a pendurou em um tubo no porão. Em seguida, ele ejaculou em suas pernas e em outras partes do corpo. O DNA que foi deixado, combinou com os de outras cenas de crime de Rader.
Kathryn Bright, 21 anos:
Kathryn foi amarrada e esfaqueada até a morte no dia 4 de abril de 1974. O irmão de Kathryn, Kevin, foi baleado na cabeça, porém sobreviveu.
Shirley Vian, 24 anos:
Shirley foi encontrada amarrada e enforcada em sua cama, com um plástico sobre a cabeça. Ele amarrou uma corda em volta de seu pescoço, mãos e pés. Vivian tinha três filhos, mas eles não sofreram nenhuma lesão, pois foram trancados no banheiro. Numa carta que Rader enviou a policia, ele contou que o filho mais novo (5 anos) de Shirley, foi quem tinha o deixado entrar e enquanto matava a moça, foi interrompido por um telefonema.
Nancy Fox, 25 anos:
No dia 08 de dezembro de 1977, Rader invadiu o apartamento de Nancy pela uma janela e esperou que ela voltasse do trabalho. Ele disse que só iria estuprá-la e a amarrou na cama. Em seguida, ele a estrangulou com uma corda. Seu sêmen foi deixado em uma camisola, que foi encontrada ao lado de seu corpo.
Marine Hedge, 53 anos:
Foi sequestrada de sua casa no dia 28 de abril de 1985, em Park City, no Kansas. Tendo seu corpo encontrado oito dias depois, estrangulado. Uma meia calça foi encontrada perto de Marine, ela morava na mesma rua que Rader. Só em 2005 este caso foi relacionado aos crimes do BTK.
Vicki Wegerle, 28 anos:
Rader invadiu a casa de Vicki no dia 16 de setembro de 1986. Então ele a atacou e a estrangulou com uma meia-calça, depois que ela tentou lutar contra ele. Depois de ter matado Vicki, ele tirou fotos dela.
Dolores Davis, 62 anos:
Como de costume foi sequestrada e estrangulada. Foi encontrada estrangulada 13 dias depois embaixo de uma ponte. Ela tinha seus braços, mãos e pés amarrados por uma meia calça.
Rader também costumava passar o tempo reencenando alguns de seus assassinatos. Confira:
Rader deitado na cova que ele cavou para Dolores.
Foto de Rader tirada no porão de seus pais, com os pés e as mãos amarradas, e usando roupas roubadas de Dolores.
Enrolado por plástico e amarrado em uma cova.
Amarrado em diferentes tipos de fitas, vestindo roupas roubadas de Kathryn e Josephine.
Pendurado em uma árvore, amarrado com corda e fitas e vestindo roupas roubadas de Josephine.
Enrolado com plástico e fita adesiva, em uma igreja que ele frequentava.
Ele também planejava alguns de seus assassinatos em desenho:
Dennis Rader pegou 10 sentenças de prisão perpétuas, na época de seus crimes o estado de Kansas ainda não tinha a pena de morte. Os parentes de suas vítimas foram todos ao julgamento dele, incluindo o filho de Shirley Vian que escutou e viu sua mãe ser morta por ele. Eles lamentaram não ver a pena de morte. A esposa de Rader conseguiu o divórcio logo depois da prisão. Seus vizinhos custaram a acreditar que ele era o BTK.
Existem controvérsias quanto ao número de vítimas de BTK, muitos casos antigos e sem solução tiveram ligações com a maneira que ele matava suas vítimas. Mas nada disso foi confirmado. Segundo o psiquiatra forense Dr. Michael Stone, da Universidade de Columbia, criador do Índice da Maldade, Dennis Rader tem todos os quesitos para ser qualificado como ranking 22. O ranking máximo. Como torturador e assassino que sente prazer em torturar.